Se há uma coisa que eu adoro são tecidos em geral e os africanos em particular. Em Angola chamam-lhe pano, em Moçambique são Capulanas.
A minha mãe tem alguns tecidos trazidos de Angola, foram trazidos por nós em 1975 (eu nasci lá e vivi lá 2 anos) outros trazidos por amigos.
A minha mãe tem alguns tecidos trazidos de Angola, foram trazidos por nós em 1975 (eu nasci lá e vivi lá 2 anos) outros trazidos por amigos.
Tenho alguns que me foram vendidos por uma amiga, vieram de Moçambique. As cores fortes, preto, amarelo, laranja, verde-escuro, trazem alegria a estes tecidos.
Não são como a nossa chita, com cores fortes, desordenadas e floridos exagerados. São talvez um pouco mais sóbrios. Têm formas quase geométricas e uma combinação exacta.
Adoro as características peculiares destes panos: a influência de plantas e de alguns animais (por exemplo os pontinhos claros em fundo escuro imitam as penas das galinhas de Angola), as cores vivas, formas, tipo do tecido, por não terem avesso. Muitas vezes são abstractos ou quase, podem incluir objectos do quotidiano como dinheiro, ninhos, correntes, cadeados, chapéus de chuva, electrodomésticos, etc.
Adoro as características peculiares destes panos: a influência de plantas e de alguns animais (por exemplo os pontinhos claros em fundo escuro imitam as penas das galinhas de Angola), as cores vivas, formas, tipo do tecido, por não terem avesso. Muitas vezes são abstractos ou quase, podem incluir objectos do quotidiano como dinheiro, ninhos, correntes, cadeados, chapéus de chuva, electrodomésticos, etc.
De modo geral, este tipo de tecidos são conhecidos por capulana, apesar de haver outras denominações. São de origem africana, ainda que a técnica de estampagem seja da Indonésia. Foram muito comercializados na costa oriental africana. Posteriormente, com a colonização europeia, estes tecidos sofreram uma forte influência desta cultura. Hoje são predominantemente encontrados em África. No Brasil, a variação deste tecido é conhecida como canga. 

Este género de tecidos têm de ser lavados antes de serem usados, não só para retirar a quantidade enorme de goma com que são vendidos, mas também para evitar que desbotem mais tarde.
Segundo a minha mãe, devem ser lavados à mão e em separado.
Retirar todos os autocolantes. Estes tecidos têm sempre vários certificados e selos de garantia colados em diferentes pontos do tecido como se pode ver nas fotografias.
Retirar todos os autocolantes. Estes tecidos têm sempre vários certificados e selos de garantia colados em diferentes pontos do tecido como se pode ver nas fotografias.
Colocar as capulanas na máquina de lavar a roupa. A minha mãe põe os tecidos todos juntos independentemente da cor…
Colocar o detergente e o amaciador como fazemos normalmente mas deve ser adicionando um copo de vinagre e umas quatro colheres de sopa de sal grosso ao detergente. O sal e o vinagre fixam as cores e impedem que desbotem em lavagens posteriores e eventualmente tinjam outros tecidos.
Escolher um programa de lavagem a 30ºC e diminuir as rotações de centrifugação para 800rpm.
Escolher um programa de lavagem a 30ºC e diminuir as rotações de centrifugação para 800rpm.

Gosto tanto dos tecidos que tenho, que não consegui ainda cortar nenhum... Por um lado tenho pena pois adorava fazer uma manta em patchwork, mas por outro sinto que estaria a tornar os tecidos originais incompletos… é estranho. De qualquer maneira os tecidos que tenho não seriam suficientes por isso, vão ficando guardados…
É uma pena não conhecer ninguém que mos possa trazer de lá... de África....