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Antigamente chamavam-lhe “folhinha”. É um caderninho que nos diz muitas coisas sobre os astros, sobre o tempo, a agricultura, as hortas…
O “Borda d’Água” é uma publicação com 82 anos de existência, é impresso em papel de jornal, a preto e branco, de tamanho A5, com 24 páginas e facilmente manuseável. Na capa diz que é “O Verdadeiro Almanaque Borda d’Água”, um “Reportório útil a toda a gente”. E ainda na capa: “Contendo todos os dados astronómicos e religiosos e muitas indicações úteis de interesse geral”. E tem o calendário do Ano, além da indicação da Editorial Minerva, sua localização e o preço: 1,60€, IVA incluído.
Compro todos os anos o “Verdadeiro Almanaque”. É vendido nas ruas. Borda d’Água, porque anunciava as marés e era afixado nos cais, à beira da água. Traz ainda na capa o “velho da cartola”. Meteorologista, com ar simpático, óculos, cabelo comprido, libré e colete. Com o guarda-chuva e o almanaque debaixo do braço. Parece que havia sempre um velho que pendurava o almanaque na margem do rio, com alfinetes ou molas.
E o que diz o Almanaque? Por exemplo, em Março, na horta, devem-se preparar as estacas para feijões e ervilhas. Semear abóbora, alface, beterraba, couves, nabiça, ervilha, espinafre, feijão, (…). No jardim semear amores-perfeitos (ADORO!!!), cravos, crisântemos, dálias, (…).
Mas o almanaque do “velho da cartola” também se preocupa com o aquecimento global e as alterações climáticas. E na última página, assinada por Célia Cadete, que dirige a publicação, lê-se, sobre 2010: “O Inverno será longo e frio e com pouca chuva. A Primavera será ventosa. O Verão irá ser bastante húmido e o Outono prevê-se seco e fresco”. E ainda que: “Na agricultura teremos de contar com pouco trigo, azeite, mel e vinho. Em contrapartida haverá abundância de frutas. No reino animal, as ovelhas serão atingidas pela elevada mortalidade”. E muito mais se pode ler.
O que mais me intrigou neste texto foi o seguinte parágrafo: “Os que nascem neste ano de 2011 terão o rosto grande e feio; os olhos serão inclinados para a terra e assimétricos sendo o nariz grande e largo, os lábios grossos, as sobrancelhas juntas, a pele escura, os cabelos negros e ásperos e os dentes encavalitados e desproporcionados. As mulheres terão peitos volumosos em corpos magros e esqueléticos”. Uiiiiiiiiiii que medo!!!
A senhora que escreveu este texto deve-se ter fartado de rir quando acabou de escreve estas coisas…
Vale a pena comprar o Borda d’Água. Uma memória do tempo, que sobre os tempos (anos, dias, horas, minutos, movimento dos astros, festas, feiras, romarias, agricultura, jardinagem, animais…)… sobre os tempos, informa, sugere, prevê, aconselha, ensina… E ainda oferece algumas anedotas, poesia e ditados populares. Enfim, é “O Verdadeiro Almanaque”! Já há 82 anos!
Antigamente chamavam-lhe “folhinha”. É um caderninho que nos diz muitas coisas sobre os astros, sobre o tempo, a agricultura, as hortas…
O “Borda d’Água” é uma publicação com 82 anos de existência, é impresso em papel de jornal, a preto e branco, de tamanho A5, com 24 páginas e facilmente manuseável. Na capa diz que é “O Verdadeiro Almanaque Borda d’Água”, um “Reportório útil a toda a gente”. E ainda na capa: “Contendo todos os dados astronómicos e religiosos e muitas indicações úteis de interesse geral”. E tem o calendário do Ano, além da indicação da Editorial Minerva, sua localização e o preço: 1,60€, IVA incluído.
Compro todos os anos o “Verdadeiro Almanaque”. É vendido nas ruas. Borda d’Água, porque anunciava as marés e era afixado nos cais, à beira da água. Traz ainda na capa o “velho da cartola”. Meteorologista, com ar simpático, óculos, cabelo comprido, libré e colete. Com o guarda-chuva e o almanaque debaixo do braço. Parece que havia sempre um velho que pendurava o almanaque na margem do rio, com alfinetes ou molas.
E o que diz o Almanaque? Por exemplo, em Março, na horta, devem-se preparar as estacas para feijões e ervilhas. Semear abóbora, alface, beterraba, couves, nabiça, ervilha, espinafre, feijão, (…). No jardim semear amores-perfeitos (ADORO!!!), cravos, crisântemos, dálias, (…).
Mas o almanaque do “velho da cartola” também se preocupa com o aquecimento global e as alterações climáticas. E na última página, assinada por Célia Cadete, que dirige a publicação, lê-se, sobre 2010: “O Inverno será longo e frio e com pouca chuva. A Primavera será ventosa. O Verão irá ser bastante húmido e o Outono prevê-se seco e fresco”. E ainda que: “Na agricultura teremos de contar com pouco trigo, azeite, mel e vinho. Em contrapartida haverá abundância de frutas. No reino animal, as ovelhas serão atingidas pela elevada mortalidade”. E muito mais se pode ler.
O que mais me intrigou neste texto foi o seguinte parágrafo: “Os que nascem neste ano de 2011 terão o rosto grande e feio; os olhos serão inclinados para a terra e assimétricos sendo o nariz grande e largo, os lábios grossos, as sobrancelhas juntas, a pele escura, os cabelos negros e ásperos e os dentes encavalitados e desproporcionados. As mulheres terão peitos volumosos em corpos magros e esqueléticos”. Uiiiiiiiiiii que medo!!!
A senhora que escreveu este texto deve-se ter fartado de rir quando acabou de escreve estas coisas…
Vale a pena comprar o Borda d’Água. Uma memória do tempo, que sobre os tempos (anos, dias, horas, minutos, movimento dos astros, festas, feiras, romarias, agricultura, jardinagem, animais…)… sobre os tempos, informa, sugere, prevê, aconselha, ensina… E ainda oferece algumas anedotas, poesia e ditados populares. Enfim, é “O Verdadeiro Almanaque”! Já há 82 anos!
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