Porque é que o céu tem que ser como queremos que seja?

Por vezes o céu que vemos é diferente do que queremos ver. 

Pode não ser apenas um céu azul, límpido e luminoso.

De onde estamos até à possibilidade de ver o céu, encontramos por vezes muitos obstáculos.

Quando desviamos a custo ou não, todos esses obstáculos, através da nossa mudança de lugar ou da nossa mudança de prespetiva, por vezes nem assim conseguimos ver o céu claramente como desejámos.

Quando conseguimos finalmente uma clareira e pensamos que dali podemos finalmente olhar para cima e ver o céu em toda a sua cor azul e explendor, ele revela-nos nuvens.

Por vezes essas nuvens são obra do vento - da  Natureza, outras vezes são obra do Homem. 

Por vezes o céu que vemos, ou que desejamos para as nossas vidas não é apenas azul ou nunca é apenas azul, ou nunca é aquilo que queremos e desejamos.

Isso não impede de continuarmos a procurar e a desejar encontrar o que queremos e desejamos.

Há mais dias num ano, há mais oportunidades.

Há todo um aprender cada vez que damos um passo atrás e cada vez que regressamos para a mesma tarefa no dia seguinte. Cada vez que damos um passo atrás, daremos posteriormente um à frente com mais conhecimento, mais experiência.

Porque é que o céu tem que ser como queremos que seja?

Isso seria tão fácil e até aborrecido!

Se eu encontrasse o céu que desejo logo no primeiro dia talvez desistisse de o voltar a procurar...

Não daria uns passos noutra direção para procurar uma clareira. Não encontraria uma flor com um aroma delicioso. Não caminharia sobre as bolotas e as folhas secas.

Não tiraria uma fotografia à textura de uma árvore.

Que estímulos me ofereceria um céu todo azul? Que aprendizagens?

Por vezes canso-me de não encontrar com facilidade apenas um céu azul.

Por que tenho sempre que encontrar um outro lugar para o poder ver melhor, ajustar a minha posição, dar mais uns passos, esperar que as nuvens passem ou voltar noutro dia?

Por que isso me leva a novas aprendizagens, eu sei.

Por isso, levanto os braços e, de coração aberto enquanto espero pelos novos ensinamentos grito:

Vou aprender tudo o que tenho para aprender!