Sou uma longa história.
Sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, inquieta na minha comodidade.
Sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, inquieta na minha comodidade.
Amo mais do que posso e, às vezes por medo, menos do que sou capaz.
Procuro pelo prazer da paisagem e raramente pela alegre frustração da chegada.
Quando me entrego, atiro-me de cabeça e quando recuo nunca mais volto.
Independentemente do que me disserem respondo com um sorrido porque ser inconveniente é muito comum mas ser superior é uma raridade.
Choro lágrimas de rir e quando choro a sério, muitas vezes não derramo uma lágrima.
Sei mais do que digo, penso mais do que falo e observo mais do que imaginam.
Não levo tudo a sério, sei que nada é definitivo. Nem eu ou o que penso que eu sou. Nem nós ou que pensamos que temos.
Prefiro as noites porque a Lua nutre o meu descanso, embora os dias me iluminem quando nasce o Sol.
Não bebo porque só me aceito sóbria.
Apaixono-me por pequenos detalhes e deciono-me por coisas ainda
mais pequenas.
Falo muito mas nem sempre o que queres saber.
Sou teimosa e cumpro sempre o que prometo.
Sou teimosa e cumpro sempre o que prometo.
Tenho fome de Sol quando chove demais e sinto falta do cheiro de terra molhada quando o calor me castiga.
Da vida quero apenas saber que tentei tudo o que quis, tive tudo o que pude, amei tudo o que valia a pena e perdi apenas o que no fundo, nunca foi realmente meu.
No livro da minha vida sou eu quem decide o que colocar na capa, as cores, as vírgulas e até o ponto final.
Só eu sei quem sou, os outros apenas me imaginam.
Acredito em mim. Amo-me. Esta sou eu.
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