Ser Bardo - 3ª Parte

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No mundo moderno, estamos acostumados a ter tudo ao nosso alcance bastando para isso um clique, um telefonema, um email, um SMS… Tudo acontece muito depressa. As informações necessárias a qualquer estudo sabem-se em segundos, as notícias correm à velocidade da luz pelos cabos óticos. As imagens, filmes e vídeos vêm-se simultaneamente em nanosegundos de um lado e do outro do planeta.

            Considero que me fez muito bem trabalhar de uma forma em que isso não acontece. Há algo realmente emocionante em ter que esperar e ver o que vem a seguir, antecipando a chegada do próximo conjunto de materiais, sem saber o que está para chegar, o que está à frente. Há também algo incrivelmente libertador em saber que não existem respostas certas ou erradas para nada, nenhuma maneira certa ou errada de fazer qualquer coisa. Recebi agradavelmente também, a liberdade e o espaço que nos são dados e que permitem que tudo se vá desenrolando no ritmo certo e na altura certa.

            Confesso que por ser muito organizada, determinada e adepta de horários e calendários (embora tente ser cada vez menos), me fez alguma confusão no início não ter um índice, não ter tempos estipulados, não ter alguém que fizesse o controlo do meu trabalho, tal como somos habituados desde cedo na nossa vida estudantil, profissional, familiar, etc. Percebi depois que tudo dependia apenas de mim, podia finalmente trabalhar ao meu ritmo dependendo somente de mim e da minha vontade. 

Assim sendo o que poderia correr mal? Nada!