Gosto de ver as coisas por vários ângulos.
Gosto de ter várias perspectivas (minhas ou não) sobre um mesmo tema. Quem sabe mudo a minha forma de ver/ser/avaliar/gerir/... se alguma das outras fizer mais sentido para mim...? Quem sabe estava a tirar uma conclusão errada ou a fazer as coisas de um modo menos adequado...?
Há temas que gosto mesmo de aprofundar... estudar... debater comigo própria.
Por vezes faço-o quando estou a pintar, a recortar, a ler, e às vezes até a organizar as minhas coisas (o que também inclui lavar a louça, dobrar roupa, aspirar a casa...).
Já dei por mim a ter necessidade de reorganizar gavetas ou prateleiras porque estou simultaneamente a organizar pensamentos (e nessas alturas... agradeço mesmo que não falem comigo).
Já notei que tenho por vezes a necessidade de expressar fisicamente o que estou a fazer mentalmente.
Se me sinto cheia de pensamentos negativos... é altura de tomar um banho.
Gosto de ver as coisas por vários ângulos.
O pior é quando sinto que o devo fazer mesmo, mas não consigo. Ou porque estou muito cansada, ou porque simplesmente... não o quero fazer. Talvez seja algo que nem me agrade!
Em casos extremos protelo-o um pouco. Sei que corro um risco, por vezes quanto mais tempo passa, mais me vai custar. Outras vezes deixo arrefecer a situação e sei que terei uma visão mais nítida no dia seguinte.
Se isto cansa? Ui... tanto...
Gosto de ver as coisas por vários ângulos.
Gosto e faço questão de ser o mais justa possível. ODEIO a injustiça (neste momento, mais do que a violência física).
Apesar de por vezes me esgotar, sei com certeza que qualquer decisão que daí advenha é a melhor que poderia ter tomado com os conhecimentos que tinha, no momento que a tomei.
Por isso fico mais do que descansada. Nunca me poderei arrepender mais tarde. É impossível.
Posso no entanto arrepender-me de não ter tido determinadas informações que me poderiam levar a tomar outra decisão... Mas isso não dependia de mim.
Chego (raramente) a dar por mim a dizer uma ou outra palavra em voz alta. Às vezes ralho comigo. "Pára!". Dá-me vontade de rir... mas compreendo que goste ter uma opinião válida e conhecedora... e por vezes (raramente), chego mesmo a ouvir-me!
Nunca me arrependo de ser como sou porque sei que serei sempre a melhor versão de mim própria (por mais que isso por vezes me canse e me desgaste).
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