Estou aqui, leiam-me :)
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1) Como é que o artesanato surgiu na sua vida?
O artesanato sempre fez parte da minha vida desde pequenina. O primeiro contacto que tive com a costura foi às escondidas da minha mãe. Fazia vestidos para a Barbie. Ela só descobriu quando a agulha da máquina apareceu partida… Quando lhe mostrei o que fazia ficou admirada, ensinou-me a aprimorar os acabamentos e a fazer moldes em papel. Durante a escolaridade obrigatória, dava por mim muitas vezes a fazer desenhos nos cadernos.
Enquanto estava a tirar o curso de professora (matemática e ciências da natureza) pintava quadros, a pintura ajudava-me a abstrair-me do stress.
O tempo foi passando e com o nascimento do meu filho mais velho, voltei às costuras. Fiz-lhe uma mantinha em patchwork, um urso, … Nessa altura escrevi um livro infantil: «História e Histórias do Reino Já Cheguei» que foi terminado depois da minha filha nascer. Acabei por experimentar outras técnicas, tanto na pintura como na costura. Penso que sei um pouco de cada mas ainda tenho muito para aprender.
2) O que é que o artesanato trouxe de novo para a sua vida? Com o artesanato aprendi a valorizar-me mais a ser mais auto-confiante. Aprendi a extravasar a minha criatividade. O artesanato ajuda-me a controlar o stress diário e a canalizar as minhas energias positivamente.
3) Quais as suas fontes de inspiração para criar as suas peças artesanais?
São sem dúvida os meus filhos. Tudo o que faço é inspirado por eles. O nome do meu Reino, Reino Já Cheguei tem a ver com eles. São eles os personagens principais das histórias do meu livro: o Príncipe Tiago Caracolinhos e a Princesa Joaninha Pigoita. O logótipo do nosso Reino é um caracolinho (tal como o cabelo do meu filhote) mas com o padrão e a cor das joaninhas (lembrando a minha Joana!).
Encontro também inspiração na natureza.
4) Que materiais privilegia na concepção das suas peças? Procuro usar sempre materiais de qualidade e diversificados. Gosto de misturar essências nas minhas peças. Peço sempre ao cliente para escolher o aroma. Gosto de usar botões, apliques, missangas, lantejoulas, fitas, rendas, etc. Tento sempre criar peças coloridas e divertidas.
5) Que aspectos mais valoriza nas suas peças? Valorizo os pormenores. Quando, apesar do trabalho que tive, obtenho uma peça linda e bem acabada, fico radiante!
6) O que considera que dá vida e cor às suas peças? O entusiasmo com que os meus filhos falam das peças que acabei de criar e a vontade que têm em as baptizar com os nomes mais originais possíveis, dá-me vontade de continuar e tentar sempre fazer mais e melhor. Eles são a minha inspiração.
7) Poderia falar-nos um pouco de uma peça que tenha sido marcante para si? Talvez esteja a ser injusta para com todas as outras peças mas a mais marcante foi uma das primeiras Pigoitas XL que fiz, uma que ofereci à minha filha (ainda bebé). Foi marcante a reacção natural e em directo que tive de uma criança à minha mais recente criação… Pigoitinha era o petit-nom que o irmão lhe chamava, foi ele quem baptizou a boneca. Fica aqui o link da foto que tirei nessa altura:
http://www.flickr.com/photos/reinojacheguei/3470723272/in/set-72157616674197398/
8) E um momento marcante nestas aventuras pelo mundo do artesanato? Sempre que um cliente me conta a história de quem vai receber a peça que criei e depois a sua reacção, são momentos marcantes para mim. Adoro quando me enviam fotos dos presenteados com os seus presentes feitos por mim.
Algumas peças foram oferecidas como prendas de baptizado, a crianças hospitalizadas, a bebés há muito desejados, a amigos com mais de 30 anos… enfim… cada peça tem uma história única e lembro-me de praticamente de todas estas histórias.
9) E o papel das outras pessoas na sua actividade, ou seja em termos de apoios, considera relevante o apoio das pessoas que a rodeiam?
Felizmente a minha família (marido e filhos) está atenta e colabora, sabe que é um trabalho de qualidade e compreende o esforço e o tempo que dedico ao reino Já Cheguei.
10) Qual a sua opinião relativamente às mostras de artesanato? Penso que nas mostras de artesanato o mais importante é o contacto directo com o cliente. Principalmente para quem vende apenas on-line. É aí que se vêm as reacções aos produtos que se vendem. Eu nunca participei numa feira mas visito muitas.
11) Para si como é que deve ser feita uma boa divulgação do trabalho de um artesão?
Devemos perder algum tempo a tirar fotos. Não é preciso ser um grande fotógrafo nem ter uma máquina excelente. Basta que as fotos fiquem nítidas e com um bom contraste.
Fazer uma descrição pormenorizada do produto (se a loja for on-line). Dizer as medidas e referir a(s) cor(es) caso na foto esta(s) não se perceba(m) bem.
Falar sobre o produto. Podemos ter uma peça linda e original para vender mas se dizermos apenas «Boneca de Tecido» ela não se venderá facilmente. Devemos falar um pouco sobre ela e do que gosta de fazer… passear, receber miminhos…
O nome da loja deve ter um logótipo, uma marca única, original e facilmente reconhecível.
Os produtos devem ser vendidos com umas etiquetas atraentes e legíveis. De preferência com o nome da loja.
Os trabalhos devem ser divulgados, sempre que possível nas redes sociais e num site ou blog.
12) Muitas pessoas dizem que é difícil senão impossível viver só do artesanato em termos monetários. O que pensa em relação a este assunto?
Adoro dar aulas e adoro criar novas peças. Para mim era impossível desistir de uma das coisas para me dedicar à outra. Penso que é possível viver só do artesanato, não é fácil, mas é possível.
13) Poderia pensar em 3 desejos relativamente à sua actividade artesanal e partilhar connosco?
1. Adorava conseguir conciliar melhor o meu trabalho como professora com a criação das minhas peças. O dia devia ter mais horas…;
2. Gostaria de dispor de tempo para também poder aprender mais e melhorar as minhas técnicas;
3. Gostaria de ter um espaço físico para vender os produtos do meu Reino.
14) Como imagina a sua actividade artesanal daqui a 2 anos?
Imagino que o meu Reino será conhecido por muito mais pessoas e que os meus produtos serão vendidos em mais pontos do país e no estrangeiro (sonhar não custa).
15) Muitas pessoas dizem que o artesanato é uma terapia. O que pensa sobre este assunto?
Sem dúvida! Quando estou a criar uma peça consigo extravasar as minhas energias, é óptimo para a pôr os meus pensamentos em dia. Chamo-lhe artesanato-terapia!
Adorei participar neste projecto. Obrigada!!
Podem visitar o site da Cláudia através do endereço:
http://www.reinojacheguei.com/
e o blog através do endereço:
http://www.reinojacheguei.blogspot.com/
O artesanato sempre fez parte da minha vida desde pequenina. O primeiro contacto que tive com a costura foi às escondidas da minha mãe. Fazia vestidos para a Barbie. Ela só descobriu quando a agulha da máquina apareceu partida… Quando lhe mostrei o que fazia ficou admirada, ensinou-me a aprimorar os acabamentos e a fazer moldes em papel. Durante a escolaridade obrigatória, dava por mim muitas vezes a fazer desenhos nos cadernos.
Enquanto estava a tirar o curso de professora (matemática e ciências da natureza) pintava quadros, a pintura ajudava-me a abstrair-me do stress.
O tempo foi passando e com o nascimento do meu filho mais velho, voltei às costuras. Fiz-lhe uma mantinha em patchwork, um urso, … Nessa altura escrevi um livro infantil: «História e Histórias do Reino Já Cheguei» que foi terminado depois da minha filha nascer. Acabei por experimentar outras técnicas, tanto na pintura como na costura. Penso que sei um pouco de cada mas ainda tenho muito para aprender.
2) O que é que o artesanato trouxe de novo para a sua vida? Com o artesanato aprendi a valorizar-me mais a ser mais auto-confiante. Aprendi a extravasar a minha criatividade. O artesanato ajuda-me a controlar o stress diário e a canalizar as minhas energias positivamente.
3) Quais as suas fontes de inspiração para criar as suas peças artesanais?
São sem dúvida os meus filhos. Tudo o que faço é inspirado por eles. O nome do meu Reino, Reino Já Cheguei tem a ver com eles. São eles os personagens principais das histórias do meu livro: o Príncipe Tiago Caracolinhos e a Princesa Joaninha Pigoita. O logótipo do nosso Reino é um caracolinho (tal como o cabelo do meu filhote) mas com o padrão e a cor das joaninhas (lembrando a minha Joana!).
Encontro também inspiração na natureza.
4) Que materiais privilegia na concepção das suas peças? Procuro usar sempre materiais de qualidade e diversificados. Gosto de misturar essências nas minhas peças. Peço sempre ao cliente para escolher o aroma. Gosto de usar botões, apliques, missangas, lantejoulas, fitas, rendas, etc. Tento sempre criar peças coloridas e divertidas.
5) Que aspectos mais valoriza nas suas peças? Valorizo os pormenores. Quando, apesar do trabalho que tive, obtenho uma peça linda e bem acabada, fico radiante!
6) O que considera que dá vida e cor às suas peças? O entusiasmo com que os meus filhos falam das peças que acabei de criar e a vontade que têm em as baptizar com os nomes mais originais possíveis, dá-me vontade de continuar e tentar sempre fazer mais e melhor. Eles são a minha inspiração.
7) Poderia falar-nos um pouco de uma peça que tenha sido marcante para si? Talvez esteja a ser injusta para com todas as outras peças mas a mais marcante foi uma das primeiras Pigoitas XL que fiz, uma que ofereci à minha filha (ainda bebé). Foi marcante a reacção natural e em directo que tive de uma criança à minha mais recente criação… Pigoitinha era o petit-nom que o irmão lhe chamava, foi ele quem baptizou a boneca. Fica aqui o link da foto que tirei nessa altura:
http://www.flickr.com/photos/reinojacheguei/3470723272/in/set-72157616674197398/
8) E um momento marcante nestas aventuras pelo mundo do artesanato? Sempre que um cliente me conta a história de quem vai receber a peça que criei e depois a sua reacção, são momentos marcantes para mim. Adoro quando me enviam fotos dos presenteados com os seus presentes feitos por mim.
Algumas peças foram oferecidas como prendas de baptizado, a crianças hospitalizadas, a bebés há muito desejados, a amigos com mais de 30 anos… enfim… cada peça tem uma história única e lembro-me de praticamente de todas estas histórias.
9) E o papel das outras pessoas na sua actividade, ou seja em termos de apoios, considera relevante o apoio das pessoas que a rodeiam?
Felizmente a minha família (marido e filhos) está atenta e colabora, sabe que é um trabalho de qualidade e compreende o esforço e o tempo que dedico ao reino Já Cheguei.
10) Qual a sua opinião relativamente às mostras de artesanato? Penso que nas mostras de artesanato o mais importante é o contacto directo com o cliente. Principalmente para quem vende apenas on-line. É aí que se vêm as reacções aos produtos que se vendem. Eu nunca participei numa feira mas visito muitas.
11) Para si como é que deve ser feita uma boa divulgação do trabalho de um artesão?
Devemos perder algum tempo a tirar fotos. Não é preciso ser um grande fotógrafo nem ter uma máquina excelente. Basta que as fotos fiquem nítidas e com um bom contraste.
Fazer uma descrição pormenorizada do produto (se a loja for on-line). Dizer as medidas e referir a(s) cor(es) caso na foto esta(s) não se perceba(m) bem.
Falar sobre o produto. Podemos ter uma peça linda e original para vender mas se dizermos apenas «Boneca de Tecido» ela não se venderá facilmente. Devemos falar um pouco sobre ela e do que gosta de fazer… passear, receber miminhos…
O nome da loja deve ter um logótipo, uma marca única, original e facilmente reconhecível.
Os produtos devem ser vendidos com umas etiquetas atraentes e legíveis. De preferência com o nome da loja.
Os trabalhos devem ser divulgados, sempre que possível nas redes sociais e num site ou blog.
12) Muitas pessoas dizem que é difícil senão impossível viver só do artesanato em termos monetários. O que pensa em relação a este assunto?
Adoro dar aulas e adoro criar novas peças. Para mim era impossível desistir de uma das coisas para me dedicar à outra. Penso que é possível viver só do artesanato, não é fácil, mas é possível.
13) Poderia pensar em 3 desejos relativamente à sua actividade artesanal e partilhar connosco?
1. Adorava conseguir conciliar melhor o meu trabalho como professora com a criação das minhas peças. O dia devia ter mais horas…;
2. Gostaria de dispor de tempo para também poder aprender mais e melhorar as minhas técnicas;
3. Gostaria de ter um espaço físico para vender os produtos do meu Reino.
14) Como imagina a sua actividade artesanal daqui a 2 anos?
Imagino que o meu Reino será conhecido por muito mais pessoas e que os meus produtos serão vendidos em mais pontos do país e no estrangeiro (sonhar não custa).
15) Muitas pessoas dizem que o artesanato é uma terapia. O que pensa sobre este assunto?
Sem dúvida! Quando estou a criar uma peça consigo extravasar as minhas energias, é óptimo para a pôr os meus pensamentos em dia. Chamo-lhe artesanato-terapia!
Adorei participar neste projecto. Obrigada!!
Podem visitar o site da Cláudia através do endereço:
http://www.reinojacheguei.com/
e o blog através do endereço:
http://www.reinojacheguei.blogspot.com/
1 comentário:
Aqui conhecemos um pouco mais da nossa Rainha.
Só a conheço virtualmente,mas por dentro é Linda!
Bjs
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